5 de dez. de 2009

Da filosofia universitária e da nossa cagalhonice

 

O pensamento virou mercadoria.

O adorno universitário virou a purpurina burguesa capaz de encarecer o pensamento, de forma a melhor (mais caro) vendê-lo para nós, incautos idiotas ávidos pela sagrada unção do título.

Da mesma forma que doutos professores de filosofia, fantasiados de viajantes historiográficos, fingem percorrer o passado oficial da filosofia para melhor resistirem a este mesmo passado oficial (quando na verdade estão se colocando no sentido da História para banharem-se da aura justificada historicamente por esta mesma História), nós, alunos, acabrunhados diante do titânico poder que é dado aos sacerdotes do saber, fingimo-nos felizes diante da precária, alienante e mal contada historinha que nos apresentam nas aulas. É simples: basta olharmos o valor que atribuímos às notas (para livrarmo-nos o quanto antes daquilo tudo com nosso venerado título), em comparação com o valor que damos ao conteúdo…

É tudo uma grande novela. Mesmo o pensamento contrário, crítico, ácido, negador está preso no macro processo de produção e reprodução do real. Estamos fadados, por essa dinâmica, a morrer no fingimento, como baratas nos debatendo no estômago de Behemoth.

Foucault e os livros de auto-ajuda se complementam. Contra a atividade enérgica dos utópicos (arrogantes, prepotentes, impacientes, radicais… eis algumas das alcunhas que recebo o tempo inteiro), a estratégia que amesquinha a força e inviabiliza o impacto. Contra as subjetividades de aço... a vontade de fazer da filosofia um manual para viver como as plantas.

A concentração do poder e a articulação havida entre os detentores de poder (do Vaticano aos Centros de Ciências da Educação...) fazem emanar pela sociedade uma lógica, uma dialética niveladora, cerceadora dos ímpetos individuais. O orgulho vira prepotência, a humildade... uma virtude. Tudo é pensado sob o prisma da mediocridade amorfa.

O método científico é uma arma contra as subjetividades. Com ele, nossos cabedais vernaculares são atirados na privada. O sentido que as coisas representam para nós não podem ser considerados. Vivemos sob a ditadura dos fatos. E só é fato aquilo que algum gordo imbecil determinou em seu gabinete com ar condicionado... Diante dos fatos, às favas a imaginação teórica...

Se a filosofia contemporânea demoliu os fundamentos ontológicos erigidos desde a antiguidade, os filósofos de hoje refugiaram-se na Universidade para nela forjar um fundamento para si... e dela, apedrejam os que subsistem do lado de fora.

Portanto, meus caros, não vislumbro saída: se o pensamento é mercadoria e a forma de lidar com o pensamento é seu encarecimento... Fodam-se as convenções, as linguagens padronizadas e padronizantes. Fodam-se os conceitos enlatados por Doutores. Fodam-se os métodos interpretativos e as dinâmicas catadoras de fatos para a legitimação da dominação.

Que uma nova abordagem da filosofia seja pensada para além dos muros dentro dos quais se escondem esses espremedores de culhões

3 de dez. de 2009

Do Riso dos Leões...

(ironia onipresente...)


24 de nov. de 2009

A Crítica Dos Teus Próprios Valores - Desde E Para Si

Camelo, leão, criança e o “triângulo”, como “somatória maior”, em que a afirmação de valores, ou ‘ser aquilo que você é’, se torna uma constante da emanação da escolha em vontade, de acepção postural multifacetada ou querer puro de vida “interpretante”, no Momento Presente.

A alegoria antes feita foi a de “o todo é maior do que as partes”, sendo o leão pós-acepção-de-criança, aquele que o próprio Nietzsche parece se apossar e deixar nas entrelinhas de ideal, subentendido que seja uma postura em somatória afirmativa, ativa, de escolha em adotar qualquer uma das formas, atingindo o “além-do-homem”. Não que seja a melhor, mas que em Seu sistema pessoal de valores, assim é, tanto em forma de recusa “vivenciais” quanto a de mundificar terrenamente quaisquer valores viventes – pois, não se pode “viver” sem eles, por mais complexos ou simples que possam ser. Aqui entra a honestidade de ser aquilo que é.

A criança-camelo, o leão-criança, enfim, o ponto que quero chegar é, desde a mera concepção de “criança-evoluída”, sua acepção como tal consciente e possível de atuação como qualquer postura antes posta, tem seu domínio de extensão para-além da comum figuração alegórica, símbolos didáticos ou qualquer que sejam os conceitos pré-compreensão simples básica. Sua finalidade parecer ser, prática-poética e Nietzsche parece (tal como Kant ou Schopenhauer que realizaram um enorme contructo teórico em Epistemologia/Ontologia para depois de “feito-amém”, poder desembocar na Ética, Política, Moral – não que tenha uma clara “linha-histórica-clara” nisso), adotar em suas obras, um “além-do-homem”. E a meu ver, esse além-do-homem, não é (e como poderia ser?) mera criança tal como em Zaratustra se descreve, mas sim, aquele ‘todo transmutador’, afirmador da vontade de poder, ou seja, se apossando da “alegoria” que for, ativamente e afirmativamente, segundo seus próprios valores moldados, remexidos (dos quais não se pode escapar completamente).

“É lógico” que sejam “simbologias universais”, ilustrações, porém, não meramente didáticas ou alegóricas(em sentido de pura perfumaria&cosméticos), pois toda a fundamentação do além-do-homem vai ser “muito conversada” por estes campos por ritornelos potenciais. A própria linguagem, aqui, é “universal”, enfim tudo que não é universal é particular, segundo um ponto de vista. A própria atribuição inferencial em “isso É aquilo”, cerne da ontologia, faz uso de diversos entes com o conjunto quantitativo, e qualitativo, enfim, desde “gata roxa” até “paralelogramo que está esvanecido”.

Sobre a terminologia musical, diferentemente do habitual, afirmo que o “secar da música à sua história circunscrita desde e por si mesma”, em termos de análise musical, é por demais superficial ou seja, mundo pra tal é de eminência consideração. Salvo em apreciação puramente estética, sensitiva e “irracional”. A transvaloração de valores é transcendida, pois, pelo pós-passar histórico, não se pode especular valores de valores fora da própria vida. Por exemplo, o livro de Saithan, a selvageria inerente do homem, a dominação do homem 'lobo do homem', aquilo que entendemos como "maldade" são constituintes do homem - seu corpo, sua força, sua potência que pode ser compreendida como máquina de guerra, apropriada para batalhas, lutas, violência - precedem, em alguns séculos, a própria formação da religião judaica, precedem a própria vida do homem - segundo a Evolução - em sociedade. Além da cultura escandinava contemporânea, seus costumes e hábitos selvagens combinados com a afirmação de imanência exauridora do poder em escarnecimento “antropofágico”, devorador real – pelo “deus erístico” – em um banho de sangue, tem na diferença como circunscrita não-"negativadora", mas catacumbamente positiva em dor exaltadamente prazerosa.

Seria minha inocência demais em atribuir critério apenas musical em questão o mencionado, pois tal como na essência da “música” punk, skinhead ou dark (entendendo o que cada conceito significa, sem biltre reducionismo)...ela (e sua sonoridade estética na grande maioria das vezes só é um detalhe em um conjunto. À grosso modo, em questão a música em si é só um “revelador”, fator vetorial de um todo. "Ouvir o inaudito” - contra-senso, “temer o temível” - desejável, “sentir medo do medonho” - constituinte, não fazem porém parte dessa posição, pois desde o fundo do poço até o não-fundo-do-poço, “tudo é lucro obtido”, desde beber sangue podre de galinha até comer o buraco de órbitas oculares. Viver é viver e o que é a linguagem senão uma masturbação simbólico-metafísica. Eu não poderia atribuir categorias alheias-de-mim-mesmo, sem já estar me apossando das mesmas. O desconhecido é imanente, os valores sempre estarão condicionados pelo sujeito relativo desde/para. A alegoria “criança” parece não ser o “ideal” nietzscheano, já que o mesmo o previu apenas para o “mundo”, tal como um homem moderno. Para si mesmo, adotou uma postura leonina que não parece ser uma não-transpassada pela atuação de criança, mas uma além, portadora das três percepções. Os três papéis que é como vejo, e o 4ª, o leão afirmador me parece aquela que subjaz as três anteriores, como uma forma triangular quarta maior que suas partes constituintes.

Não podemos esquecer que o nómos foi criado por mera convenção, a phýsis com suas “leis naturais”, lei natural (para o direito, por exemplo) são determinadas. A Ética é um produto humano, histórico-temporalmente. (mesmo fazendo aqui a distinção entre Moral). Se as “leis de newton” ou a “lei de hooke” são postas em cheque, que dirá as “leis do homem”. O “eu” é que afirma e reafirma seus próprios valores. “A Ditadura Nazista foi má.” – Pra quem? “A Ditadura Capitalista é má.” – Pra quem? Perspectivas, tomar posição e querer a vida. Mesmo que esse querer seja algo “lunático” – torna-te quem tu és, não contradiga o Presente. – Filosofia Contemporânea? – Escreva literatura prosaico-poética, invente conceitos, escreva monografias... Toque, cante e dance. Largar a razão?

Quando não há fundamentos, referência, verdade, certezas, ponto de apoio, creio que Thelema, claramente, seja a lei que prevaleça. A lei “leonina”, ou a lei do fogo, daquelas “crianças” que sabem jogar, mudar e comandar segundo sua própria vontade (que para que existam suas afirmações, sejam também negadas).

Longe de ser uma “tese” não defendo esta e a contraponho como uma noção mutante pessoal, sem qualquer grado estático. A então acumulação de conhecimento e maquilar rebuscado, corresponderia a fase “juvenil”, “púbere” do “homem, dando espaço à maduridade do mesmo, na etapa “vividificadora” do homem universal, aqui sim, na conceituação(talvez o mais importante) daquilo que Nietzsche entende por “vida”. Tal como o próprio Nietzsche pareceu ter aceito e vivido, tal como todo moderno filósofo com seu umbigo e ponderações a partir dos próprios valores. Melhor ou pior e teorizações – qual o preço do leão? – a vida – que ele pós o conhecer profundamente como criança – pode atuar como leão, desde ela e nela mesma, mudando quando quiser. Quando eu perder a sanidade e a razão – constantes – poderei me esbaldar ou não-esbaldar no “?????”. Chamem de brumas do rio da barba da avó do Shakeaspere ou de escuro breu clarificador apocalíptico-absurdum iluminado. Do desconhecido, “infinito” ou mistério, o que se pode dizer? – toda a Filosofia ou tarefa do pensamento vai rio abaixo. O que dizer sobre, sem enlaçar, estratificar, imutabilizar o “Mistério” em palavras, sem o vandalizar e corromper, em sua essência? Reitero o máximo valor da Vida. Eu continuo com a razão, os afetos, as escolhas, com o “eu aparente” no sentido grego, como conjunto, decorrido por Nietzsche.

- Shakespeare: "There are more things in Heaven and Earth, Horatio, then are dreamt of in your Philosophy..."

20 de nov. de 2009

Camelo, leão, criança e?

Se existe a possibilidade de se estabelecer uma conexão entre a dialética hegeliana e as transmutações nietzscheanas, temos: o leão tem camelo e a criança tem os dois.

Avancemos: uma terceira transmutação (aquela que nos levaria a uma quarta categoria existencial), ensejaria a idéia de uma consubstanciação do camelo, do leão e da criança no que quer que adviesse como quarto momento.

Porém, camelo, leão e criança são categorias alegóricas, personagens conceituais, símbolos didáticos que reunem em si uma enormidade de elementos singulares que subsistem na alma dos particulares, e Nietzsche não tinha como conhecer a todos esses particulares, daí a exposição por símbolos universais e universalizantes.

Quando tentamos traduzir o, digamos, recheio interno de uma dessas categorias, a tendência é que esse recheio tenha a nossa cara, ou seja, tenha a cara de nossa singularidade.

Se sou adepto do som hardcore, se sou conhecedor da estética de um Marilyn Manson, por exemplo, diante do inaudito, do tenebroso, do obscuro horizonte aberto pela elucubração de uma quarta possibilidade existencial nietzscheana, é não apenas possível, mas provável que eu vá atribuir a ela as minhas categoria que, hoje, mais se aproximam do inaudito, do tenebroso, do obscuro horizonte daquela quarta possibilidade.

Em minha modesta opinião, isso soa, ainda, como a expressão do ideário moderno: controlar, determinar, dominar, prever, antecipar o devir… Por medo… E diria mais: forte carga moral, ainda, impregna tal antecipação que, se levarmos em conta a factibilidade dela no mundo contemporâneo, tem tudo para não se firmar, pois tal possibilidade seria sufocada e morta no mesmo instante em que abrisse os olhos.

Em outras palavras, numa tentativa de resumir a questão, pode-se dizer: essa tese profética, apocalíptica, ou, falando logicamente, esse sofisma do reductio ad absurdum, encontra-se, infelizmente, nos primordios do pensamento nietzscheano, ou seja, nada mais é do que uma interpretação moral de um fenômeno desconhecido. Repito: infelizmente, pois não foi dessa vez que o além-do-homem emergiu das brumas do rio de Lethe. Infelizmente.

Autoviolação de Valores

Quando o bem é o mal. E vice-versa...

O prazeroso é o poder, a vontade-desde-e-para-si, o dominar.

Que fazer depois que não há mais sentido em transvalorar os próprios valores? Depois da forma em inocência...

Qual o sentido em especular, teorizar, investigar valias de atribuição?







- Eis o "ser" triângulo como 4ª transmutação ontológica -


14 de nov. de 2009

Quem Tem Medo De Matemática?

Pessoalmente, penso que o condicionamento de massas a respeito do “diabolismo” dos números, vai meio pela linha do “Saber é poder”. Controle da grana (a saber, a manha de investimentos metadiversos – lucro e crédito –, nas bolsas de valores e afins); fundamentos “contemporâneos” plausivelmente consistentes por alicerces “provisoriamente” duradouros – a “visão maior” em micro e macro-econômica; “segurança” e administração da própria liberdade: afinal, a liberdade não “é o bem que nos permite desfrutar dos outros bens”?, como diria o iluminista Barão de Montesquieu; ora, o dinheiro (com sua boa gestão) não se denomina, ou é sinônimo de “Capital”, por mero acaso...
Qual seria o pior... O brechtiano “analfabeto político” ou o “analfabeto matemático”? Como ser um, sem também não ser o outro?
Aritmética, álgebra, geometria, trigonometria, cálculo, análise, teoria, probabilidade, estatística, logaritmo, enfim... Calcular pode ser ruim, mas os produtos são notáveis... Penso, que, salvas circunscritas exceções, quem “domina os números”, ostenta de certo modo “poder”. Pelo menos, no que diz respeito ao nosso “Atual Mundo Ocidental”.
Como a máxima atribuída à autoria de Aristóteles, reitero: “As ciências têm raízes amargas, mas seus frutos são doces”. Hmm...ou não. Tudo é relativo, pronto. Vou pro bar.




Revista Exame – Capital Digital


Quem Tem Medo De Matemática?
Por Helio Gurovitz


Muita gente. O problema é que ela é cada vez mais necessária


Desde criança me impressiona como gente extremamente inteligente e sensível pode ter medo de matemática. A infeliz divisão curricular entre ciências, por assim dizer, humanas e exatas só reforça a fobia. Ninguém diz "tenho horror a frases", mas muita gente não tem a menor vergonha em confessar "não suporto contas". Muitos sentem orgulho da própria ignorância — "eu gosto é de pessoas, não de números", como se uma coisa pudesse ser comparada à outra. Em situações sociais, se alguém comete algum erro grosseiro de português, pega muito mal. Se comete uma barbaridade matemática, com certeza se safa numa boa. Fazemos força para erradicar o analfabetismo do Brasil, mas não gastamos um tostão nem um só segundo para combater — com o perdão do barbarismo — o analfabetismo em matemática (em inglês, criaram até uma palavra para identificar o problema: mnumeracy).


Milhões, bilhões, trilhões, que diferença faz? Faz muita. Pense que, se você gastasse 1 real por segundo, levaria onze dias e meio para torrar 1 milhão de reais, mas 32 anos para se livrar de 1 bilhão. Percebeu como faz diferença? Mas, mesmo entre executivos e empresários (para não falar em políticos e jornalistas), dimensões e grandezas não parecem estar na ordem do dia. Nem estatísticas, probabilidades, proporções ou percentuais. O problema é que a tecnologia está. E, normalmente, a dificuldade de quem não consegue lidar com o computador não está na máquina. Está no analfabetismo em matemática.


Um computador não passa de uma máquina de calcular muito vitaminada. Tudo num computador é traduzido por números. Absolutamente tudo. Chamar algo de digital quer dizer, precisamente, que esse algo pode ser "numerizável" (em francês, por sinal, a tradução para a palavra digital é numérique). Como, então, alguém pode lidar com a economia digital se tem fobia de números? Como pode entender que a era da informação, no fundo, é a era numérica, já que os bits não passam de números (zeros ou uns)?


Os mais pragmáticos podem objetar que não é preciso saber como funciona um editor de textos ou um programa de apresentação de slides para usá-los. É fato. Um dos grandes avanços no mundo dos computadores foi torná-los mais palatáveis às massas. Mas qualquer um concordará que é impossível usar a tecnologia da informação da melhor forma nas empresas sem dominá-la. Como medir, por exemplo, se um investimento em programas e equipamentos sai caro ou barato? É nesse ponto que o problema se torna mais insidioso. Pois as mesmas pessoas que admitem com orgulho a ignorância em matemática morrem de vergonha de dizer que se sentem intimidadas pelo computador e deixam as decisões mais simples a cargo dos especialistas.


Não há motivo para vergonha. O sistema educacional doutrinou a maioria para ver a matemática como algo monótono que não incentiva a criatividade e nada tem a ver com a humanidade tão necessária hoje para gerir corporações. Para ter idéia de como é falsa a suposta oposição entre atividades técnicas e humanas, basta lembrar que entre os maiores representantes das últimas estão matemáticos como René Descartes. Blaise Pascal, Gottfried Leibniz ou Bertrand Russell. Se você encarar a matemática apenas como o que ela é — mais uma linguagem ou uma outra língua estrangeira —, perceberá como ela instantaneamente desce do pedestal do inacessível. E, de quebra, verá como fica fácil tirar proveito do computador.






6 de nov. de 2009

Lente Humana & Lente Maquinária

Localizei no youtube alguns vídeos pirato-perdidos arcaicos de minha participação orquestrina...

Já que ninguém conhece meu musical lado lírico apolineante, muito menos o expressionista hadeano também musical -que prefiro não exaurir na lucidez da claridade do dia-, aqui anexo trechinhos amostreantes...

Os contrabaixistas estão no fundo, lado direito(quando aparecem)...E eu, dependendo de qual vídeo, mudo de posição, mas geralmente sou o segundo da esquerda pra direita, no trechinho da nona, o último(e o mais nanico em termos de altura). Se eu achar mais vídeos, depois vou complementando aqui no post. Enfim, o que exporta é o que importa, boas e más lembranças, o som e a memória é que valem(ou não).






















28 de out. de 2009

Pow!



Bom. Acho que ainda posso confiar em vocês e na discrição deste singelo e secreto (?) blog. Assim, dadas as inúmeras versões que dei para o soco que levei no olho, acho legal poder recapitular, para mim mesmo, o que aconteceu e, de quebra, proporcionar às pessoas nas quais deposito alguma confiança a versão oficial dos fatos.


...

A noite iniciou deveras agradável. Havia saído com uma garota especialíssima, recém-separada, diga-se, mas com um papo legal, descontraído, inteligente, denotando gosto pelo diverso e tals. Nos demos muito bem, enfim. Mas ela tinha um outro compromisso e foi cedo embora.

Dali fui para um bar onde, sabia, encontraria alguns amigos. Encontrei-os todos lá. Alegres, haviam dominado a cozinha do bar e estavam fritando peixes e enfeitando-os com as mais diversas saladas, que nos vinham a toda hora na mesa. Não demorou muito e eu já estava para lá de Bangladesh, cantando Noel Rosa pras velhas amiguenhas.

De repente, uma loirinha surge dos céus e acende um cigarro na porta do bar ao lado. Foi amor a primeira vista. Parei de cantar e fiquei olhando-a com cara de idiota, esperando um “venha até aqui” que não veio. Alguns minutos mais tarde, um carinha que estava na turma dela veio ao meu bar comprar cigarros. Não hesitei: “Cara, me põe em contato com aquela mina”. Ao que ele respondeu, se empinando todo: “É minha namorada”. Eu, como não podia deixar de ser, falei: “OK, mas não se cria não! Tá inflando o peito por que? Se afasta, vira as costas e sai andando”. Ele foi, não sem antes me chamar de... “folgado”.

Noel Rosa vai, Cartola vem, conhaque desce, cerveja também... Dois ou três bares depois, uma ou duas carreiras de pó adiante e eis que vejo o cara novamente. Sem pestanejar: “E aí. Ó o folgado aqui de novo”. Ele não respondeu, virou as costas e foi embora. Mas voltou. Voltou com outro. Eu, como bom imbecil, ri dos dois: “Boa noite. O que faremos?”

Pow!

Quando dei por mim, estava no banheiro sendo lavado pelos colegas.

É a segunda vez que levo pontos. E a décima ou décima primeira que me acertam no olho. Vulnerabilidade de quem usa óculos. Pretendo operar a visão e me livrar das cortantes armações.

8 de out. de 2009

CAPITALISMO E PODER



O trabalhador, funcionário, subordinado, operário, e todos aqueles que não estão “no poder” almejam chegar lá um dia. O que permeia a idéia desses coitados é a ingênua sensação de que estar no poder é mandar sem ser mandado, ou ainda,o mais perigoso, aliam poder a liberdade. Mas que liberdade pode ter alguém que para estar no poder ou com o poder foi o mais submisso dos sujeitos?


Até onde a ideologia forja a realidade com tamanha sutileza a ponto de um cidadão, que acredita ser instruído, não perceber que depois de anos de submissão ele só poderia estar impregnado de tudo aquilo que não é mais ele mesmo, e sim, aquilo que ele teve que tornar-se para chegar ao poder.

Quanto mais cargos de suposto poder a ideologia puder criar, mais otários correrão atrás deste poderzinho, se engalfinhando ano a ano por um aumento de cem reais no salário, até chegar lá. Qual seria a função da criação dos cargos, do poder e da hierarquia, dentro de uma instituição, senão fazer com que o funcionário funcione?

20 de set. de 2009

Paraíso brasileiro e a tirania da felicidade


Sol, praia, calor... (eu transpiro só de pensar nisso). Ando reparando em alguns fenômenos da mídia brasileira que vêm ocorrendo, especificadamente, a exaltação que se faz da tropicalidade do clima do nosso país. Sol-praia-calor constitui, para mim, um cenário demasiado nojento. Insolação, pescoço melado, areia na sunga, suor escorrendo pelo cofrinho, cheiro de sovaco... tantas coisas.
Certamente existe um exército que me repreenda por essa opinião. Muitas pessoas vão argumentar que os raios de sol estimulam a liberação de serotonina, neurotransmissor essencial para as sensações êxtase, prazer e alegria. Para essas pessoas, nada seria mais natural, portanto, do que exaltar o esplendoroso cenário sol-praia-calor... Bem, mas e daí?? Certamente existem diversos modos de se obter um bem-estar, talvez muito melhores do que torrar sob o sol escaldante. Sou à favor da variedade sensitiva: do direito à melancolia, à angústia, à dor, à loucura, entre tantas outras afecções, na medida que elas constituam um leque de sentimentos e sensações que devemos explorar para melhor conhecermos a nós mesmos.
Não quero dar a entender que sol-praia-calor seja algo insalubre, desnecessário ou ruim, porque, como já disse, busco a diversidade em nosso sentir. O problema que quero colocar é a supervalorização desse cenário dito "paradisíaco". Toda vez que, por exemplo, vejo a previsão do tempo do Jornal Hoje, aqueles apresentadores engomados (como geralmente têm que ser) inevitavelmente revelam a sua "inocente" opinião de insatisfação com a chuva e com o frio - principalmente nos finais de semana. Não estou duvidando de que essas opiniões sejam realmente as deles. Entretanto, por que eles fazem questão de expressar em rede nacional a sua indignação com o tempo nublado, chuvoso, frio?
Pensemos no turismo brasileiro. Do que dependem os pontos turísticos mais rentáveis? Dependem exatamente desse cenário de calor, sol e praia.

Parece-me que essa exaltação exacerbada do "paraíso", do "país tropical", se deve menos às opiniões pessoais do que à necessidade de se universalizar ideias que divulguem a imagem do cenário sol-praia-calor associado a um valor de perfeição. Quer-se que essas ideias sejam interiorizadas por cada indivíduo (como o telespectador da Sandra Annenberg). Assim, a mídia nos oferece esse cenário como um produto e a todo instante somos induzidos a idealizar um modo de vida que consuma esse "paraíso" brasileiro e feliz.
Estou ciente de que muitas pessoas dependem desse turismo, como, por exemplo, aqueles artesãos que possuem como único meio de subsistência a comercialização de seus artigos com os indivíduos que vêm de fora. Não falo com a pretensão de prejudicar as pessoas que se encontrar nesse grau de dependência. Minha reflexão está aqui para dar um tapa na cara de quem está lendo, de modo que o faça olhar alterar seu foco. nem que seja por um mínimo instante. Estou aqui para propor perspectivas diferentes e estimular (atiçar, provocar) o pensamento de quem me lê.

Fonte: Blog do pseudoanonimo

12 de ago. de 2009

O Apocalipse segundo Cioran

Post em especial para o Japa

“O documentário aborda uma das personalidades romenas mais importantes do século XX, Emil Cioran (1911-1995), recompondo seu itinerário de vida que começa em um humilde vilarejo na região transilvana da Romênia, até encerrar-se em Paris, onde viveu até o resto dos seus dias. Inclui entrevistas com o autor, trechos de sua obra, imagens de sua mansarda parisiense, bem como de sua terra natal, além de depoimentos do seu irmão Aureliu e outras preciosidades.”

Gênero: Documentário

Diretor: Gabriel Liiceanu

Duração: 58 minutos

Ano de Lançamento: 1995

País de Origem: Romênia

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27 de jul. de 2009

As fitas do ateísmo

ateism-disc

The Atheism Tapes é uma série de seis documentários para a TV produzida por Jonathan Miller para a Rede BBC, em 2004. Cada um dos seis episódios traz um expoente de determinada área do conhecimento.

  1. Filósofo inglês, Colin McGinn
  2. Físico norte-americano, ganhador do prêmio Nobel, Steven Weinberg
  3. Dramaturgo norte-americano, Arthur Miller
  4. Biólogo inglês, Richard Dawkins
  5. Teólogo britânico, Denys Turner
  6. Filósofo norte-americano, Daniel Dennett

Nesta série inovadora, o neurologista, dramaturgo e ateu Jonathan Miller entrevistou seis expoentes das Letras e Ciência. O autor Richard Dawkins, os filósofos Daniel Dennett e Colin McGinn, o dramaturgo Arthur Miller, o teólogo Denys Turner e o físico Steven Weinberg discutem suas jornadas intelectuais pessoais e oferecem análises esclarecedoras do ateísmo a partir de várias perspectivas.

Parte 1:
O filósofo inglês McGinn fala sobre as várias razões para não se acreditar em Deus, e algumas das razões pelas quais acreditar. Ele fornece uma completa abordagem do argumento ontológico. Além disso, McGinn traça importante distinção entre ateísmo (ausência de crença numa divindade) e antiteísmo (oposição ativa ao teísmo); ele se classifica como ateu e antiteísta. Por fim, especula sobre uma sociedade pós-teísta.

Colin

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Parte 2:
O físico americano Steven Weinberg fala sobre a efetividade do argumento da criação, no passado e nos dias de hoje. Ele também aborda as razões pelas quais as pessoas se tornam religiosas, incluindo as várias influências dos argumentos físicos e biológicos contra a religião. Miller o confronta com a afirmação de que os biólogos são mais descrentes que os físicos, o que surpreende Steven.

Steven
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Parte 3:
O filósofo americano Daniel Dennett explica por que intitulou um dos seus livros A Perigosa Ideia de Darwin e por que muitos dos contemporâneos de Darwin, em especial, consideravam a sua teoria da evolução perigosa. Prossegue abordando a questão da consciência, falando da rejeição de Darwin quanto à ideia de alma e das possíveis origens e fins psicológicos da crença numa alma imaterial. Por fim, divaga sobre a possibilidade de se viver num mundo pós-teísta.

Dennett

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Parte 4:
Entrevista com o dramaturgo americano Arthur Miller, falecido em 2005 (autor das peças: As Feiticeiras de Salém, adaptada para o cinema sob o título As Bruxas de Salém, estrelando Winona Rider e Daniel Day Lewis; A Morte do Caixeiro Viajante; roteirista de Os Desajustados). Arthur fala sobre ateísmo, sua experiência pessoal com o antissemitismo e na crença na vida após a morte.

Arthur
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Créditos: United 4 ever e Montaigne

26 de jul. de 2009

Lendo Hegel, pensando em mim, pensando em nós...

Um filósofo disse que descobre-se melhor o que uma pessoa seja observando o momento em que seu talento diminui. Disse ainda que um talento é um ornamento, um enfeite. E que um enfeite é um esconderijo...

Me pergunto, o que configura um talento?

Me respondo, circunstâncias...

Indo mais longe, penso que as circunstâncias não são somente situações dadas, mas situações criadas.

O quanto criamos de situações para simular que somos talentosos?

Me pergunto, o que seriam essas circunstâncias?

Me respondo, idealizações, descolamentos da realidade.

Me pergunto, para que quero me descolar da realidade?

Me respondo, para parecer talentoso, para parecer poderoso.

É aí que Hegel entra: A idealização, a abstração (a supressão da realidade concreta) visa gerar um ambiente virtual, artificial no qual aparecerei como talentoso, como poderoso.

E se eu passar a almejar ser talentoso, poderoso apenas no âmbito real, nas circunstâncias reais, dadas de fora? E seu eu mantiver, sempre, no fundo do meu coração, a certeza do quão precária é a condição humana?

Sofrerei muito. Ora, nossos semelhantes idealizaram tudo. A História é uma idealização criada para privilegiar certos "talentos". A moral é uma idealização criada para privilegiar certas "virtudes", certos "bons comportamentos". A ciência é uma idealização criada para privilegiar certas "verdades". A estética do momento é uma idealização criada para privilegiar certas "belezas"...

Mas... e se eu conseguir superar esse sofrimento?

Ora, será inevitável... Me tornarei filósofo!

7 de jul. de 2009

Reconhecimentos a FHC

por Emir Sader, no seu blog em Carta Maior

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Que cada um expresse aqui o reconhecimento que FHC pede.

Felizmente para a oposição, FHC não se contêm, não consegue recolher-se ao fim de carreira intelectual e política melancólicos que ele merece. E cada vez que fala, o apoio ao governo e a Lula aumentam.

Agora reaparece para reclamar que não se lhe dá os reconhecimentos que ele julga merecer. Carente de apoio popular, ele vai receber aqui os reconhecimentos que conquistou.

Em primeiro lugar, o reconhecimento das elites dominantes brasileiras por ter usado sua imagem para implementar o neoliberalismo no Brasil. Por ter afirmado que ia “virar a página do getulismo”. Por ter, do alto da sua suposta sapiência, dito a milhões de brasileiros que eles são “inimpregáveis”, que ele assim não governava para eles, que não tinham lugar no país que o tinha elegido e para quem ele governava.

O reconhecimento por ter dito que “A globalização é o novo Renascimento da humanidade”, embasbacado, deslumbrado com o neoliberalismo.

O reconhecimento por ter quebrado o país por três vezes, elevado a taxa de juros a 48%, assinado cartas de intenção com o FMI, que consolidaram a subordinação do Brasil ao capital financeiro internacional.

O reconhecimento dos EUA por ter feito o Brasil ser completado subordinado às políticas de Washington, por ter preparado o caminho para a Alca, para o grande Tratado de Livre Comércio, que queria reduzir o continente a um imenso shopping Center.

O reconhecimento a FHC por ter promovido a mais prolongada recessão que o Brasil enfrentou.

O reconhecimento a FHC por ter desmontado o Estado brasileiro, tanto quanto ele pôde. Privatizou tudo o que pôde. Entregou para os grandes capitais privados a Vale do Rio Doce e outros grandes patrimônios do povo brasileiro. Por isso ele é adorado pelas elites antinacionais, por isso montaram uma fundação para ele exercer seu narcisismo, nos jardins de São Paulo, chiquérrimo, com o dinheiro que puderam ganhar das negociatas propiciadas pelo governo FHC.

FHC será sempre reconhecido pelo povo brasileiro, que tem nele a melhor expressão do anti-Brasil, de tudo o que o povo detesta, ele serve para que se tome consciência clara do que o povo não quer, do que o Brasil não deve ser.

Vá à Carta Maior.

27 de jun. de 2009

Divagando (não deixem o blog morrer! Divaguemos!)

Na maioria das vezes em que digo para um religioso: – Eu sou ateu. Ele me responde: - Mas como você existe? De onde você veio? De onde tudo veio?

Mas nós, filósofos, como ensina Slavoj Zizek, não devemos ser apressados em responder as perguntas. Algumas perguntas contaminam nossas respostas… Talvez o mais interessante seja determo-nos diante do questionamento. Talvez seja mais frutífero filosoficamente analisarmos as verdades, as assertivas, as afirmações invisíveis por detrás das perguntas.

Vejamos:

Para o religioso, ao que parece, o que espanta é o fato das coisas existirem (“De onde as coisas vem?”, eles indagam). A existência é o problema por excelência. O problema da existência, para eles, deve ser resolvido... E eles resolvem com Deus.

Vamos olhar mais fundo: Se a existência é um problema, o não-problema, seria a não-existência. O aceitável seria o nada, mas como as coisas existem, instaura-se o problema, e o problema é resolvido com Deus. (Há um filósofo que dizia: – O místico é que o mundo exista…)

Se levarmos o raciocínio um pouco mais longe, podemos inferir que Deus é filho do nada; Ele nasce para compensar o desequilíbrio instaurado pela existência das coisas, do mundo. Ora! A doença do religioso reside precisamente aí: seu olhar vê erro, desequilíbrio no existir. Seu ideal é o nada. O equilíbrio seria não existir nada, mas, como existem as coisas, o religioso tenta “corrigir” a realidade criando um Deus que cria do nada (A morada primordial de Deus é o nada, poder-se-ia dizer).

É por isso que nós, não os filósofos (quantos doentes não há entre os filósofos?), mas os ateus, devemos, como dizia Nietzsche, transvalorar esse erro: O desequilíbrio é que é o nada, é a não-existência. O erro reside em Deus. A doença é o niilismo religioso.

Nossa saúde, nosso acerto, nossa coragem... é sabermos amar o que há, o que existe... seja ele de que forma for, seja ele bom ou mau… Mas desde que exista…

21 de jun. de 2009

DOWNLOAD - Descartes / Cartesius (1974), Roberto Rossellini

Descartes_RosselliniRossellini extrai trechos inteiros de algumas das obras fundamentais do pensador, como O Discurso do Método (1637) e as Meditações Metafísicas (1641), para compor as ações “dramáticas” do personagem. São procedimentos teóricos de Descartes, cuja função seria fundar a autonomia do pensamento racional diante da fé. Vale dizer que, naquela época, toda démarche racionalista tinha de ser, também, uma negociação com a autoridade religiosa. Donde, nas Meditações, Descartes precisar, primeiro, ocupar-se das provas da existência de Deus, para apenas depois afirmar que o Cogito (a Razão) se sustenta por si só. “Eu sou, eu existo”, deduz, pelo simples fato de pensar. A conclusão entrou para a história do conhecimento como a frase famosa “Penso, logo existo”.

DOWNLOAD:

PARTE 1 / PARTE 2

15 de jun. de 2009

Zizek!

Zizek! é um documentário que acompanha o filósofo esloveno Slavoj Zizek por diversas conferências e entrevistas nas quais o pensador fala sobre os temas que mais marcaram sua trajetória, tais como cinema, a política, o conceito de ideologia, o consumo, a ironia, o pensamento cínico, a psicanálise lacaniana, o stalinismo. Fazendo também uma análise de sua trajetória desde os tempos da dissidência na Eslovênia até sua alta popularidade nos últimos anos, quando passa a ser chamado de um filósofo ’superstar’, aliás, traça uma interpretação de sua grande popularidade como uma resistência a ser levado a sério.

Gênero: Documentário / Filosofia
Diretor: Astra Taylor
Duração: 71 minutos
Ano de Lançamento: 2005
País de Origem: Estados Unidos / Canadá
Idioma do Áudio: Inglês
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Tamanho: 700 Mb
Legendas: Em anexo

OPÇÃO 1 (Com as especificações acima):

Download

Opção 2 (RMVB, qualidade boa, com legenda embutida, tamanho 274 mb):

Parte 1 / Parte 2

Humanidades Filosofia: A Filosofia Alemã de Kant a Nietzsche


Schopenhauer. Crítico de Kant: Maria Lucia Cacciola expõe a leitura do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) sobre o idealismo transcendental de Immanuel Kant (1724-1804). O ponto central dessa interpretação está na questão da razão e da vontade. Schopenhauer, ao dar a primazia à vontade, faz objeções à razão prática kantiana e à moral racional fundamentada num sentimento. O fio condutor de sua crítica fixa-se na predominância, no pensamento de Kant, do abstrato sobre o intuitivo.

Nietzsche. O Filósofo da Suspeita: Com a frase “Deus está morto”, Friedrich Nietzsche (1844-1900) resumiu 20 séculos da História Ocidental. Contra o dualismo metafísico – que opõe a existência de outro mundo a esse em que nos achamos aqui e agora – e cuja falência acarretou a sensação de que “nada tem sentido”. O pensamento de Nietzsche coloca em cheque nossa maneira habitual de pensar, sentir e agir, nossa forma costumeira de estar no mundo. Ao anunciar a morte de Deus, ele torna possível repensar as relações entre homem e mundo. Scarlett Marton é professora de filosofia da USP.

DOWNLOAD VÍDEO:

Qualidade Regular (RealVideo – RM – 107MB)
Qualidade Alta (Xvid – AVI – 700MB

13 de jun. de 2009

DOWNLOAD – AGOSTINHO DI IPPONA

Com direção do mestre italiano Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta), Santo Agostinho é uma cinebiografia de Agostinho de Hipona (354 – 430), um dos grandes nomes do Cristianismo e um dos maiores filósofos da Humanidade. Rossellini focaliza a principal fase da vida e da obra de Agostinho: o momento em que se torna bispo de Hipona. Com rigor histórico e realismo, o filme mostra seu combate aos heréticos donatistas, a sua famosa oratória, suas idéias e a realização de seus principais livros, como “Confissões” e “Cidade de Deus”. Inédito no Brasil, Santo Agostinho é um dos melhores trabalhos de Rossellini e uma oportunidade imperdível de se conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de Santo Agostinho.

Download: Parte 1  /  Parte 2

DOWNLOAD – FILÓSOFOS EM AÇÃO

Não sei se vocês conhecem, mas há um HQ chamado Action Philosophers, cuja autoria é atribuída a Fred Van Lente e Ryan Dunlavey. No Brasil, traduziram uma parte desse HQ e disponibilizaram, pela Gal Editora, o primeiro volume.

Filósofos em AçãoComo uma das nossas propostas é disponibilizar o máximo de materiais relacionados à filosofia, nós ofertamos aqui um scan *parcial* desse HQ. A qualidade não é muito boa, mas como é só a nível de divulgação, confiram e depois adquiram os seus exemplares!

Os scans são referentes a Platão (#1), Nietzsche (#3) e Santo Agostinho(#5)!

 

DOWNLOAD

9 de jun. de 2009

DOWNLOAD - Em nome de Deus

Em nome de Deus

em nome de deus 2

Sinopse: “História verídica dos amantes Abelard e Heloise que viveram na França do século XII. Ele, mestre em teologia que fizera voto de castidade; ela, uma linda jovem da aristocracia que vai a Paris estudar. Nas aulas, os dois se apaixonam intensamente, vivendo o romance escondidos da sociedade e do clero manipulador, que não aprovava as idéias avançadas do mestre Abelard. Quando todos descobrem a verdade, Heloise, grávida, vai morar com a irmã no interior da França e Abelard continua lecionando em Paris. Então, uma terrível vingança muda o destino dos amantes para sempre”.

Título no Brasil: Em Nome de Deus

Título Original: Stealing Heaven

País de Origem: Iugoslávia / Reino Unido

Gênero: Romance

Tempo de Duração: 115 minutos

Ano de Lançamento: 1988

Direção: Clive Donner

DOWNLOAD

Um texto sobre o filósofo Abelardo e a sua amante Heloísa encontra-se aqui: Texto

DOWNLOAD – WAKING LIFE

wl2

wlwaking life

Sinopse: Após não conseguir acordar de um sonho, um jovem passa a encontrar pessoas da vida real em seu mundo imaginário, com quem têm longas conversas sobre os vários estados da consciência humana e discussões filosóficas e religiosas.

Gênero: Animação

Diretor: Richard Linklater

Duração: 97 minutos

Ano de Lançamento: 2001

Idioma do Áudio: Inglês

Qualidade de Vídeo: DVD Rip

Tamanho: 700 Mb

Legendas: Em anexo

DOWNLOAD

7 de jun. de 2009

Do nosso santo Orgulho

Aguia

“Heráclito era orgulhoso, e quando o orgulho entra num filósofo, então, é um grande orgulho. A sua ação nunca o remete para um "público", para o aplauso das massas e para o coro entusiasta dos seus contemporâneos. Seguir um caminho solitário pertence à essência do filósofo. O seu dom é o mais raro e, de certa maneira, o menos natural, excluindo e ameaçando todos os outros dons. O muro da sua auto-suficiência deve ser de diamante, para não ser destruído nem partido, porque tudo se movimenta contra ele. A sua viagem para a imortalidade é mais penosa e mais contrariada do que qualquer outra; e, no entanto, ninguém mais do que o filósofo pode estar seguro de nela alcançar o seu próprio fim - porque só ele sabe permanecer nas asas abertas de todas as épocas. O desprezo pelo presente e pelo momentâneo é parte integrante da grande natureza filosófica.”

Friedrich Nietzsche

 

Filosofia e flatulência

do O PENSADOR DA ALDEIA de Paulo Jonas de Lima Piva

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por Paulo Jonas de Lima Piva

Antístenes, Diógenes e Crates, filósofos cínicos, personagens que foram varridos para debaixo do tapete da história do pensamento pela hegemonia truculenta e perversa do platonismo e do cristianismo na história da filosofia oficial, demonstraram várias vezes que há muito mais realidade e objetividade num peido bem dado do que numa discussão filosófica séria...

3 de jun. de 2009

Sozinha

Eu ando rindo, rindo à toa

Eu ando rindo de quem acha que despedaçar a carne

é o que se faz

para comer...na boa!

Rasga

Estraçalha.

Se lambuza.

Chupa o osso.

Não antes do escrutínio.

Não antes da definição.

Da aprovação.

Domínio.


Eu ando rindo, rindo à toa

Eu ando rindo de quem acha que conhece a presa

é o que se faz

para ser abatido...na boa!


Bate e Debate.

Julga.

Se lambuza.

Descarrega o veneno, todo!

Não antes da Tormenta...

Não antes da luz Dela!

Cegueira.


Eu ando rindo... porque rindo esqueço

de me amargurar.

Com a minha solidão!


Leoa? 14º andar? Quanta deselegância...

Quanta incompreensão....


Eu ando rindo pra viver.


Sinceramente.

É triste!

Seria um aviso?

A Mulher que traiu Apolo com Dioniso

Quando o deus veio me visitar hoje, na minha cova fria e úmida, fiquei de pé. Não deixei que me tomasse a cabeça, agarrei-me a Gaia mãe levantando-me e soprei a terra seca na névoa-luz que me envolvia. Ele tomou forma. Uma forma dourada como lhe convinha. Chamei-lhe pelo mais antigo nome que conheço, conjurando e assim lhe disse:

Chega de luz, de Sol, de rédeas áureas!

Chega de Apolo perfeito e reluzente, eu quero é Dioniso.

Escuridão.

Chega da solidão virginal do abismo...

Eu quero é Dioniso de frondosa mata.

Mistério, voluptuosidade e caos.

Chega de sacrifícios, prostração e devoção a você.

Vaidoso deus.

Chega de tanto Apolo em mim.

Que te contentes em dominar minha forma.

Assim o quero!

Quero teu braço de deus a me fazer bela.

Mas não mereço ser escrava tua, toda tua...

Quero Dioniso!

Quero me entregar ao vago, impreciso e nebuloso.

Quero sentir todo o meu imenso poder, deitando com Dioniso.

É a mim que Dioniso invoca.

Já me deitei com Dioniso.

Chega Apolo, chega!

Quero ser deusa também.

Chega Lobo de Sol!

Sou mortal é verdade, mas livre.

Vou ter com Dioniso de amplos e distraídos braços.

Vou viver sem nome.

Vá-te deus Sol de louros e perfeitos cachos.

Vá-te que hoje mesmo dormirei no Olimpo.

Não sou Eritréia!

Não quero seus anos.

Não sou Cassandra

Nasci já com olhos de fogo.

Sou mortal.

E agora eu quero é Dioniso.

Apolo então se foi.

Até quando?



DOWNLOAD – Coleção “Filosofia no Ensino Médio”




A coleção propõe ajudar os educadores a se preparem e entenderem como trabalhar com os fundamentos, a forma e os conteúdos desta área do conhecimento. Aborda as principais questões e dúvidas que envolvem a introdução da filosofia na grade curricular do ensino médio.

O projeto é levado a cabo por Silvio Gallo (Unicamp), Celso Favaretto (USP), Renata Lima Aspis (Unicamp), reconhecidos especialistas no ensino de filosofia no país. Eles apresentam e debatem as questões em torno dos fundamentos, da forma e conteúdo a serem trabalhados.

O primeiro DVD, "Experiência Filosófica", levanta algumas hipóteses do que poderia ser o ensino de filosofia para jovens, levando o espectador a acompanhar uma reflexão sobre a filosofia do ensino de filosofia. Já o segundo, "Elementos Didáticos para a Experiência Filosófica" mostra de forma clara e detalhada uma das principais diretrizes para esse trabalho com jovens do ensino médio brasileiro hoje, segundo a concepção dos autores.

O terceiro DVD, "A História da Filosofia e os Textos na Experiência Filosófica", explica as operações de pensamento necessárias ao fazer filosófico, e ainda traz reflexões a respeito da utilização do texto filosófico em sala de aula e da avaliação no ensino de filosofia.

Em "Procedimentos Didáticos na Aula de Filosofia", o último da série, em forma de conversa, os autores debatem possíveis práticas de sala de aula, dando exemplos e contando um pouco de suas experiências.

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PROGRAMA 1 - EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA Levantando algumas hipóteses do que poderia ser o ensino de filosofia para jovens, este primeiro programa leva o expectador a acompanhar uma reflexão no que poderíamos chamar de filosofia do ensino de filosofia. - Para que ensinar Filosofia? - Expectativas sobre o ensino de Filosofia - Teor filosófico e criticidade - A experiência do pensar - O ensino de Filosofia como experiência filosófica - O ensino de história da Filosofia.

PROGRAMA 2: ELEMENTOS DIDÁTICOS PARA A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA Este programa apresenta de forma clara e detalhada uma das principais diretrizes de um possível ensino de filosofia para jovens no Ensino Médio brasileiro hoje, segundo a concepção dos autores. - Objetivos - Sensibilização - Problematização - O universo de interesse dos alunos - Investigação filosófica - Argumentação e conceituação filosóficas.

PROGRAMA 3: A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E OS TEXTOS NA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA Este programa explica as operações de pensamento necessárias ao fazer filosófico, e ainda traz reflexões a respeito da utilização do texto filosófico em sala de aula e da avaliação no ensino de filosofia. - Operações no ensino de Filosofia: - Detectar os pressupostos - Reconstruir argumentos - Confrontar teses filosóficas - Emitir juízos - Os textos na experiência filosófica - Avaliação na experiência filosófica - Depoimentos de alunos.

PROGRAMA 4: PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS NA AULA DE FILOSOFIA Em forma de conversa, os autores debatem possíveis práticas de sala de aula, dando exemplos e contando um pouco de suas experiências. - Plano de ensino na aula de Filosofia - Filosofia e o exercício do pensamento organizado - Propostas de práticas

DOWNLOAD DVD 1

DOWNLOAD DVD 2

DOWNLOAD DVD 3

DOWNLOAD DVD 4

31 de mai. de 2009

É indizível… mas não para todo mundo…

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Analogicamente: o combustível, o diesel, a pólvora, a gasolina... é pra quem tem... A maioria é seca por dentro... os carecedores de conteúdo Vital... são minerais incapazes... dos efluvios arrebatadores que fazem a vida pulsar...

Analogicamente: a ignição, a faísca, o start explosivo... ah! é pra quem tem... A maioria é covarde, é pusilânime, é anêmica e amorfa, estática e fronteiriça... são vegetais incapazes... de sairem do lugar...

Analogicamente: a explosão, o estrondo, o estouro que ensurdece, a bomba que faz... é pra quem tem... A maioria se contém, se segura, não faz, não cria, não recria... São cadáveres… jamais amarão...

Ah! Eu?

EU AMO!

Sim! Digo SIM!

Digo: “EU AMO!”

Digo “EU TE AMO!!!”

Sim.

Eu digo.

EU posso!