por Paulo Jonas de Lima Piva
Há também os fiéis da lógica, o taliban do princípio da não-contradição, a crença imponente de que tudo o que é racional é real, o juízo de valor de que, se algo não for coerente do ponto de vista formal, este deverá ser desdenhado. São os aficcionados da retórica da lógica, isto é, homens e mulheres alucinados com as peripécias e outros malabarismos da razão abstrata e que, por isso, conseguem ver poesia entre conectivos, aspereza simbólica e rigor. Tanta devoção a deduções e outras inferências impede-os de tolerar a apreciação de que, o que não for possível na teoria e no mundo mágico do seu P implica Q , poderá sê-lo na vida humana e prática...
Fonte: O Pensador da Aldeia
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