17 de abr. de 2009

Buraco na Tampa e Piercing no Cérebro...

...Segundo a Wikipédia:

"A Trepanação, dentro da medicina moderna, consiste na abertura de um ou mais buracos no crânio, através de uma broca neurocirúrgica. Quando realizada de forma única, a trepanação serve para se criar uma abertura por onde se pode drenar um hematoma intracraniano ou se inserir um cateter cerebral. Em uma craniotomia, várias trepanações são feitas para se criar os vértices de um polígono ósseo que será retirado do crânio. Com o auxílio de uma serra neurocirúrgica, uma linha ligando cada vértice é serrada e o polígono (flap) ósseo do crânio é retirado, liberando o neurocirurgião para abordar a massa encefálica."

Porém o mais surpreendente é que esta prática é mais antiga do que imaginamos. Existem registros de utilização destas técnicas no Egito Antigo, na Grécia e nos tempos pré-históricos e clássicos romanos, na África do Norte e Equatorial (onde elas ainda são realizadas, inacreditavelmente).
Estas cirurgias nada delicadas eram muitas vezes, efetuadas para saírem "espíritos" ou por alguma causa esotérica, sendo, no entanto, também aplicada para efetuar alterações diretamente no cérebro quando se possuía mais informação teórica e prática.

Dependendo do tamanho do orifício, o indivíduo poderia sobreviver durante vários meses apenas com a derme cobrindo o orifício, podendo assim conseguir sentir o seu próprio encéfalo na ponta dos dedos se o desejasse.


Agora vem o ponto mais interessante. Segundo o holandês Bart Huges (foto acima), os problemas sofridos pelas pessoas como o estresse, a depressão e ansiedade seriam resultado da incapacidade do cérebro pulsar adequadamente graças à restrição da caixa craniana.

Este “aprisionamento” imposto pelo crânio evitaria o potencial criativo e perceptivo do cérebro humano. Para lidar com este problema, Huges propôs uma terapia radical: a trepanação. A explicação? Liberar a pulsação cerebral através do aumento do volume de sangue no cérebro.

Após algum tempo fazendo uso de mescalina, Huges percebeu que a sensação de consciência expandida ocorria devido a um aumento do volume do sangue no cérebro.

Segundo ele, a posição ereta do ser humano trouxe benefícios, mas a um certo custo: o fluxo de sangue no cérebro ficou limitado pela gravidade o que reduziu a expansão da consciência humana. Certas partes do cérebro ficaram limitadas em suas funções enquanto outras (como a da linguagem e do raciocínio) ganharam maior ênfase.

Ele considerava que o mais alto estado de consciência era o da infância. Bebês nascem com crânio não selados por completo e conforme crescerem, a carapaça óssea é formada, enclausurando o cérebro, impedindo que este pulse junto com o ritmo do coração.

Huges concluiu então que através da trepanação é possível retornar o crânio a esta condição da infância. Como não encontrou ninguém que quisesse fazer tal operação nele, Huges fez a trepanação em si mesmo. Imediatamente após a operação, que durou 45 minutos e foi feita com um perfurador elétrico, um escapelo e uma agulha hipodérmica, Huges contou ter adquirido uma consciência mais plena.

Apesar dos argumentos apresentados tanto por Huges como por seus seguidores, não há evidências científicas que sugiram que estas características da anatomia infantil tenham alguma relação com a circulação cerebral ou qualquer um dos efeitos benéficos citados pelos trepanados.

Considerado loucura por uns, isto não impediu que a trepanação ganhasse mais adeptos e desde então, muitos já executaram a trepanação em si mesmo como meio de abrir sua terceira visão. Uma das mais famosas adeptas é Amanda Feilding, que gravou sua operação e a divulgou. O ITAG (International Trepanation Advogacy Group) traz diversas informações sobre a prática, como executar a trepanação e alguns depoimentos. Os resultados dessa prática, segundos os adeptos, são desde uma sensação de relaxamento até um aumento da energia vital.


Piercing no cérebro. Algumas pessoas afirmam que isso realmente existe. "Surface piercing na cabeça. As jóias utilizadas foram dois surface bar de PTFE feitos sob medida, com 42mm de comprimento por 1,2mm de espessura."

O site Tattooique publicou que haviam inventado uma nova modalidade de piercing intitulada brain-piercing (piercing cerebral). Segundo eles:

“Alguns furos são realizados no crânio do cliente, em seguida, uma jóia de metal é colocada, transpassando os furos feitos com uma broca. A intervenção faz com que a jóia pressione o tecido cerebral, provocando um estado de euforia permanente, buscado pelos modificadores.”

"E apesar de se tratar de uma perfuração experimental, creio que a utilização de uma haste com pequena espessura contribuiu para perfeita cicatrização, apesar do grande comprimento."

Leia Mais:
- http://www.socrepsoc.com/trep.html
- http://www.noah.org/trepan/


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