16 de abr. de 2009

Porque gosto dela


 

Por quê gosto dela?

 
 

Em primeiro lugar, e, talvez, o mais importante, há a minha constituição sensório-filosófico-cognitiva: um materialista "ouve" seus instintos sensíveis... Vê-la, ouvi-la me proporciona um prazer supra-ordinário. Simples assim. Sem muito blábláblá, sem muitos silogismos... gosto dela.

 
 

Depois, nem tão simples assim... poderia, mais uma vez, pôr como determinação uma característica minha: a filosofia, ao que me parece desde tempos imemoriáveis, foi gravada em meus genes. Amo as incógnitas, os jogos. Por isso gosto dela.

 
 

E ela...

 
 

Ah! Ela é a materialização do fugidio, do que inebria e descompassa, do que desequilibra e amedronta, enfim, do que vem, envolvido em fumaça, entorpece, agita, põe em crise... e vai embora... sorrindo.

 
 

Por quê gosto dela?

 
 

Ah! Porque ela é maior do que eu... Porque ela me desafia. Porque surgiu dos escombros de um mundo que não mais me encantava.


 

E porque ela promete...

 
 

E porque a promessa, que não é dela, mas que é ela, é grande. Grande demais.


 

Mas é verossímil... Pois ela é grande...

 
 

***

 
 

Por quê gosto dela?

 
 

***

 
 

Ah! Quando eu souber explicar, deixarei de gostar...

 
 

***

 
 

Foda-se!

 
 

Que os deuses me mantenham no escuro!

 
 

Que me deixem cego!


 

Adoro gostar dela.

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